O Dia Nacional do Designer, 5 de novembro, acontece nesta data em homenagem ao nascimento de Aluísio Magalhães, Pernambucano (1927), que se graduou em Direito, mas que teve a arte em sua vida como vocação.
Participou, nos anos 60, do grupo de vanguarda “O Gráfico Amador”, em Recife, o qual também contava com a presença de Ariano
Suassuna e João Cabral de Melo Neto, seu primo. Seu primeiro contato com o design aconteceu nos EUA, na The Falcon Press. Ao retornar ao Brasil, Aluísio abre o escritório Magalhães + Noronha + Pontual.
Foi professor no curso de tipografia do MAM-RJ, junto com Alexandre Wollner. Os dois, juntamente com outros
designers, foram convidados a fundar a primeira escola de desenho industrial do Brasil, a
Escola Superior de Desenho Industrial, Esdi, onde ministrou aulas.
Foi no aniversário de 15 anos da escola que proferiu seu texto, O que o desenho industrial pode fazer pelo país,
em 1977. Foi diretor do Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e esteve à frente do movimento que tinha por objetivo catalogar e preservar a cultura
popular brasileira. Foi ideia de Aluísio tornar Ouro Preto patrimônio da Humanidade. Também de levar
Olinda, onde tinha casa, a receber o título da Unesco como
patrimônio universal. Faleceu em 1982, na Itália.
Desenvolveu centenas de projetos com qualidade e originalidade, até hoje são atuais, mesmo que alguns tenham tido alterações com o tempo. Dentre eles estão os logotipos para o 4º Centenário do Rio de Janeiro (1964), Light (1966), Unibanco (1965), Petrobrás (1970), e a nova cédula do Cruzeiro Novo, em 1966.
Desenvolveu centenas de projetos com qualidade e originalidade, até hoje são atuais, mesmo que alguns tenham tido alterações com o tempo. Dentre eles estão os logotipos para o 4º Centenário do Rio de Janeiro (1964), Light (1966), Unibanco (1965), Petrobrás (1970), e a nova cédula do Cruzeiro Novo, em 1966.
4º Centenário do Rio de Janeiro
Uma ideia simples para representar os 400 anos da cidade, onde podemos ver o numeral 4, espelhado na vertical e na horizontal, formando uma cruz estilizada que tem a simbologia da Cruz de Malta. Observando o espaço negativo que é formado entre os
triângulos, pode-se ver um 5º numeral 4 do logotipo.
Light
Outro projeto de Magalhães foi o logo para a Companhia de Luz do Rio de Janeiro, a Light. Antes de seu redesenho, o logotipo da Light era um pequeno raio. O designer manteve a ideia original, já conhecida pela população, porém de uma forma moderna, atual. Aluísio utilizou a letra "L" espelhanda e inclinada, formando o raio, marca já conhecida da empresa, porém seu desenho foi moderno, simples.
Atualmente, o projeto sofreu uma pequena modificação, com um afinamento na ponta da letra "L", porém, mantendo a mesma genialidade inicial de Magalhães.
Petrobrás
Outro projeto de Aluísio, foi o da identidade visual da Petrobrás. O logotipo era anteriormente um losango amarelo com o nome da empresa dentro. O losango era uma tentativa de remeter ao Brasil, pois é um elemento da bandeira nacional.
Pesquisando no site da Revista Leaf, fonte deste meu post, encontrei a informação de que na época foi feito um
levantamento das empresas que utilizavam um losango em seu logotipo e foi verificado que as mais variadas
empresas dos mais variados ramos com as mais variadas intenções faziam
uso do losango como elemento principal, entre elas a Gillete, Goodyear e Kibon. Com a pesquisa, concluiu-se que o elemento
losango não era suficiente para identificar o país. A ideia proposta para simbolozar o país foi a utilização das cores verde e amarelo e as letras BR, que estão tanto na palavra Petrobrás, como na palavra Brasil.
No ano 2000, tentou-se uma reformulação de identidade visual da empresa, que
passaria a chamar-se Petrobrax, porém esta tentativa de mudança não durou mais que dois dias, devido a reação negativa de todo o país, e a empresa voltou ao seu nome original.
Ainda segundo a revista, a marca gráfica de Aloísio foi retomada, e posteriormente atualizada pelo próprio escritório, o PVDI Design, mas isso só aconteceu depois de sua morte. Uma questão importante que foi levantada neste episódio foi a necessidade de se respeitar o valor histórico de uma marca ao se tentar reformulá-la, como Aloísio Magalhães havia feito na reformulação do logo da Light.
Unibanco
No projeto deste logotipo, Aluísio utiliza a simetria radial, dando a ideia de infinito e rotação, fato que se repete em vários projetos do designer, como do Banco Nacional, Editora Delta, ou o próprio Quadricentenário.
Nova cédula do Cruzeiro Novo
Por último, a criação da nova cédula do Cruzeiro Novo. O projeto foi selecionado em concurso, tendo criado uma moeda individualizada e reconhecida como inovadora mundialmente.
A inovação de Aloísio para o Cruzeiro Novo foi significativa, principalmente quanto à funcionalidade, quando utilizou um efeito chamado moiré, que provoca, através do desalinhamento reticular, um efeito óptico de difícil reprodução. Com isso, vence o concurso e inova definitivamente a produção de papel moeda.
Petrobrás
Outro projeto de Aluísio, foi o da identidade visual da Petrobrás. O logotipo era anteriormente um losango amarelo com o nome da empresa dentro. O losango era uma tentativa de remeter ao Brasil, pois é um elemento da bandeira nacional.
Ainda segundo a revista, a marca gráfica de Aloísio foi retomada, e posteriormente atualizada pelo próprio escritório, o PVDI Design, mas isso só aconteceu depois de sua morte. Uma questão importante que foi levantada neste episódio foi a necessidade de se respeitar o valor histórico de uma marca ao se tentar reformulá-la, como Aloísio Magalhães havia feito na reformulação do logo da Light.
Unibanco
No projeto deste logotipo, Aluísio utiliza a simetria radial, dando a ideia de infinito e rotação, fato que se repete em vários projetos do designer, como do Banco Nacional, Editora Delta, ou o próprio Quadricentenário.
Nova cédula do Cruzeiro Novo
Por último, a criação da nova cédula do Cruzeiro Novo. O projeto foi selecionado em concurso, tendo criado uma moeda individualizada e reconhecida como inovadora mundialmente.
A inovação de Aloísio para o Cruzeiro Novo foi significativa, principalmente quanto à funcionalidade, quando utilizou um efeito chamado moiré, que provoca, através do desalinhamento reticular, um efeito óptico de difícil reprodução. Com isso, vence o concurso e inova definitivamente a produção de papel moeda.
Imagens do Livro: A herança do olhar: o design de Aloisio Magalhães
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Participou também do
segundo redesenho, dessa vez inovando funcionalmente o uso do
dinheiro, acabando com o lado de
cima e o de baixo, utilizando o espelhamento que caracterizou seus projetos anteriores.
Espero que tenham gostado deste post. Falar sobre o trabalho de Aluísio Magalhães, que nasceu em Recife, cidade na qual passei quase toda a minha vida e da qual tenho grandes e boas recordações foi muito gratificante. Em homenagem ao designer, a cidade mantem o Museu de Arte Moderna Aluísio Magalhães (Maman), na Rua da Aurora, às margens do Rio Capibaribe.
Encerrando este post ficam aqui algumas palavras do próprio Aloísio Magalhães: “No processo de evolução de uma cultura, nada existe propriamente de ‘novo’. O ‘novo’ é apenas uma forma transformada do passado, enriquecida na continuidade do processo, ou novamente revelada, de um repertório latente. Na verdade, os elementos são sempre os mesmos: apenas a visão pode ser enriquecida por novas incidências de luz nas diversas faces do mesmo cristal”.
Encerrando este post ficam aqui algumas palavras do próprio Aloísio Magalhães: “No processo de evolução de uma cultura, nada existe propriamente de ‘novo’. O ‘novo’ é apenas uma forma transformada do passado, enriquecida na continuidade do processo, ou novamente revelada, de um repertório latente. Na verdade, os elementos são sempre os mesmos: apenas a visão pode ser enriquecida por novas incidências de luz nas diversas faces do mesmo cristal”.
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