Novos registros estão sendo feitos a cada dia que passa e, utilizando a mesma referência, venho exercitando meu paladar e meu olfato com estas novas sensações.
São esses registros, do que passou, do que chega agora e do que vem vindo, que eu quero compartilhar com aqueles que se identificam com esta forma de ver o mundo. Não vou me aprofundar no assunto, nem pretendo escrever um tratado. Quero apenas mostrar as coisas que contribuiram para que eu fosse a pessoa que sou agora e as coisas que ainda podem me transformar.
Arquitetura, design e fotografia são minhas paixões. Não saberia viver sem nenhuma delas, pois todas refletem aquilo que penso e todas elas são formas de expressar aquilo que tenho dentro de mim. Através delas eu sonho e me exponho. Através delas eu me realizo e me comunico. Um pouco de mim está em tudo o que faço e são essas experiências que gostaria de trazer para os meus posts.
Começo falando de arquitetura moderna, trazendo duas fortes referências de arquitetura que influenciaram toda a minha forma de pensar arquitetura: a Casa Modernista, da Rua Itápolis (SP) e a Casa das Canoas, no Rio de Janeiro. A primeira, com linha retas, planos, paredes limpas, sem adornos; a segunda, plena de curvas, sinuosidade adaptada ao terreno irregular, pura, única. Duas formas de pensar o espaço, duas formas de levar beleza e emoção.
A Casa Modernista
A residência da Rua Itápolis, projetada pelo arquiteto Gregori Warchavchik, conhecida como a Casa modernista, fica no bairro do Pacaembu, em São Paulo, sendo considerada uma das primeiras manifestações da arquitetura moderna no Brasil.
Foi inaugurada em 26 de março de 1930 com uma grande exposição de arte moderna.
No projeto, Warchavchik deixou de lado a forma tradicional de projetar, para obter espaços integrados e mais amplos, resolvendo os problemas de economia e funcionalidade sem deixar a preocupação com estética de fora.
Uma casa pensada para ter grandes janelas, aproveitando a iluminação natural, evitando-se ao máximo espaços de circulação para ganhar áreas para os cômodos. "Esta arquitetura será a mais regional possível, porque a sua primeira e principal exigência será a de adaptar-se à região, ao clima, aos costumes do povo", disse Warchavchik à época. Uma casa pensada para produção em grande esclala, obetendo-se com isso preços mínimos para atender às classes mais pobres.
Foi inaugurada em 26 de março de 1930 com uma grande exposição de arte moderna.
No projeto, Warchavchik deixou de lado a forma tradicional de projetar, para obter espaços integrados e mais amplos, resolvendo os problemas de economia e funcionalidade sem deixar a preocupação com estética de fora.
Uma casa pensada para ter grandes janelas, aproveitando a iluminação natural, evitando-se ao máximo espaços de circulação para ganhar áreas para os cômodos. "Esta arquitetura será a mais regional possível, porque a sua primeira e principal exigência será a de adaptar-se à região, ao clima, aos costumes do povo", disse Warchavchik à época. Uma casa pensada para produção em grande esclala, obetendo-se com isso preços mínimos para atender às classes mais pobres.
A Casa das Canoas
Quando Niemeyer completou 100 anos, em 2007, o Iphan decidiu pelo tombamento de 35 de suas obras, entre elas a Casa das Canoas.
Estas duas construções, tão diferentes em sua concepção, foram marcantes na minha vida de estudante e com certeza influenciaram o meu modo de pensar em um projeto, de desenhar um móvel, de fotografar em determinado ângulo.
Em como construir atendendo às necessidades de uso sem deixar de buscar a estética, o respeito aos recursos naturais que estejam à disposição, o compromisso com o uso e com o belo. Mudou a minha maneira de enxergar as formas e de como registrá-las. Na mente, em rabiscos no guadarnapo ou no papel fotográfico.
Por fim, compartilho ainda outras palavras de Niemeyer: “Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura e inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual - a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, no corpo da mulher amada".
Em como construir atendendo às necessidades de uso sem deixar de buscar a estética, o respeito aos recursos naturais que estejam à disposição, o compromisso com o uso e com o belo. Mudou a minha maneira de enxergar as formas e de como registrá-las. Na mente, em rabiscos no guadarnapo ou no papel fotográfico.
Por fim, compartilho ainda outras palavras de Niemeyer: “Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura e inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual - a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, no corpo da mulher amada".
É isso :)
Nenhum comentário:
Postar um comentário