domingo, 28 de outubro de 2012

Marcas e logotipos - I

O design, como falei em meu primeiro post, é uma de minhas paixões, além da arquitetura e da fotografia. O design de marcas, elaborando logotipos para as mais diversas finalidades, é um espaço dentro do design que me atrai bastante. Pensar em uma marca que represente um ideal, que seja uma imagem pela qual as pessoas se conectem a uma instituição, é um desafio que me fascina. 

Quando penso em um logotipo, penso em linhas simples, em um desenho objetivo, sem exagero de detalhes ou cores, ou efeitos, fazendo com que a leitura também seja simples e que não se dificulte a comunicabilidade desejada. 

Um logotipo, penso eu, deve ser simples e objetivo, sem muitos detalhes ou efeitos. A quantidade de cores utilizadas também pode interferir na leitura do logotipo e dificultar o entendimento que se quer passar.

O logotipo ao lado, por exemplo, foi o primeiro da marca Apple, acreditam?
Nada a ver com a atual maçã. Além de muitos detalhes, o passa a ideia de modernidade que deveria ter uma empresa de computação, não?

Algumas marcas bastante conhecidas do público possuem logotipos bem estudados e seguem esta ideia, mostrando através do desenho a sua intenção, comunicando ao cliente o seu ideal, o seu produto, a sua mensagem, o seu desejo. Vamos ver algumas dessas marcasem ordem alfabética e não de preferência :)                                                    






                                                                                       



O nome da empresa, 8 FISH, foi bem colocado neste logotipo. Se você olhar com atenção verá os 8 peixes, 4 para cada lado. Muito boa a ideia!








A seta ligando as letras representa a grande variedade de produtos que o consumidor pode encontrar, de A a Z. Outra intenção foi de representar um sorriso, que mostra a satisfação dos clientes da loja.


 

 

A maçã da Apple foi pensada por causa de Newton, passando a ideia de ser a fruta do conhecimento, mas o logotipo só com a maçã surgiu no final dos anos 70 quando Jobs contratou Rob Janoff para criar uma nova identidade para empresa.

A mordida, significa a aquisição do conhecimento. A maçã representaria ainda a sedução provocada pelos produtos da empresa. Outra "brincadeirinha" foi o trocadilho com a palavra mordida, em inglês, bite, que lembra byte.



Em 1953 a empresa lançou o seu famoso Big 31, levando aos clientes um tipo de sabor de sorvete todos os dias do mês. Por isso o número 31 no logotipo da marca. A ideia dos 31 sabores foi da agência Carson-Roberts e fez parte da campanha “Count the Flavors. Where flavor counts”.


A marca DJ Loop, obviamente, ligada à música, utiliza os símbolos de um player, com a linha amarela fazendo um loop.
Logotipo da EGG N SPOON, com a letra E formada por um ovo em uma colher :D

O logotipo da Eight, criado pela agência londrina Stylo Design, foi todo feito utilizando-se partes do número 8. Genial!






 


Do designer Toni Zoya, a logo da Elle Hive, empresa que desenha e produz tratores compactos, é formada pelas letras E e H mostrando claramente a forma de trator! Simples, direta, genial!












As letras E e D, formam uma tomada, para representar o nome da empresa, Elettrodomestici – Home Appliances.







 



Precisa falar alguma coisa? Mesmo assim, não posso deixar de comentar a genialidade do designer quando colocou um rolo de filme para fazer a carinha de horror. Demais!






  Very Optimistic!


 


Aqui o designer utilizou as árvores para formar as teclas de um piano, mostrando que os pianos produzidos pela empresa são feitos utilizando-se a madeira natural (espero que seja de reflorestamento...)






Fiquei chocada =o





O logotipo mostra um jogador de golf em uma tacada, e seu movimento forma o desenho do capacete de um guerreiro espartano. Uma ótima tacada do designer Richard Fonteneau!


O logotipo da Vaio mostra um sinal analógico formado pelas letras V e A. As letras I e O representam o sistema binários com os números 1 e 0.








A divisão da distribuição do saber, que é o objetivo da Wikipédia, foi representada pelo mundo formado por peças de quebra-cabeças, o saber feito por muitos, em todos os instantes.








A letra "i" forma um ziper ligando as letras Z e P.














Esses são alguns logotipos que escolhi que acho marcantes e com soluções bastante inteligentes para mostrar que simplicidade e genialidade andam juntas nesse espaço. Se você quiser conhecer a origem de outras marcas e o significados de seus nomes acessem o blog http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/.


Depois de vermos estes logotipos e suas mensagens, pergunto: simplicidade é ou não é fundamental?




quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Philippe Starck

Conhecido mundialmente pelo seu design leve e de vanguarda, Philippe Starck consegue expor, através da forma, a alma dos materiais.Parece nos revelar o segredo das coisas. É como se os objetos estivessem presos e, de alguma forma, ele conseguisse libertá-los e revelá-los, tal como Michelangelo, quando dizia que a escultura já estava lá, dentro do bloco de mármore, e ele apenas tirava o excesso, libertando sua forma.
Michelangelo: a obra já estava na pedra, ele apenas retirava o excesso e deixava a forma fluir.Sua ideia era libertar a forma que parecia estar dormindo no mármore.

Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2012/07/a_explosao_no_marmore_os_dialogos_ente_rodin_e_michelangelo.html#ixzz2ConzJgKB
Michelangelo: a obra já estava na pedra, ele apenas retirava o excesso e deixava a forma fluir.Sua ideia era libertar a forma que parecia estar dormindo no mármore.

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Michelangelo: a obra já estava na pedra, ele apenas retirava o excesso e deixava a forma fluir.Sua ideia era libertar a forma que parecia estar dormindo no mármore.

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Michelangelo: a obra já estava na pedra, ele apenas retirava o excesso e deixava a forma fluir.Sua ideia era libertar a forma que parecia estar dormindo no mármore.

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Michelangelo: a obra já estava na pedra, ele apenas retirava o excesso e deixava a forma fluir.Sua ideia era libertar a forma que parecia estar dormindo no mármore.

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Michelangelo: a obra já estava na pedra, ele apenas retirava o excesso e deixava a forma fluir.Sua ideia era libertar a forma que parecia estar dormindo no mármore.

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Michelangelo: a obra já estava na pedra, ele apenas retirava o excesso e deixava a forma fluir.Sua ideia era libertar a forma que parecia estar dormindo no mármore.

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Starck nasceu em Paris, em 1949. Estudou na École Nissim de Camondo e iniciou sua carreira profissional ao ganhar o prestigiado prêmio Design de Mobiliário La Vilette, em 1965, aos 16 anos. Três anos depois, em parceria com L. Venturi, desenvolvia uma linha de móveis infláveis.

Em 1969 foi diretor de arte da Pierre Cardin tendo produzido nesse período 65 peças com design exclusivo. Colaborou ainda com a Disform, Driade, Baleri, XO e Idée quando finalmente fundou, em 1980, uma empresa própria, a Starck Produtions.

Não foi a toa que Starck foi escolhido quando o então presidente da França, François Mitterrand, quis renovar seus quartos privados no Palace Elysee.

Mas foi o projeto para o interior do Café Costes (1984), em Paris, que o tornou conhecido mundialmente. Todos queriam conhecer e se sentar nas poltronas Pratfall, cadeiras de 3 pernas, com um certo "jeitão" art decó. A reinvenção do estilo do café parisiense.
 


Arquitetura

"Se não há visão humana, social ou amorosa, um projeto não tem a legitimidade de existir". Philippe Starck

Em 1989, Philippe Starck elaborou edifícios no Japão com formas completamente novas. O primeiro, Nani Nani, em Tóquio, foi marcante em sua originalidade.




Um ano mais tarde, confirmando seu status como líder de uma arquitetura de vanguarda fez a 
Asahi Beer Hall, em Tóquio e em seguida, um conjunto de escritórios em Osaka, conhecido como Le Baron Vert, em 1992.  


 



Na França, foi contratado para projetar a torre de controle no aeroporto de Bordeaux (1997) e a extensão da Ecole Nationale Supérieure des Arts Décoratifs, em Paris (1998). Jean Paul Gaultier confiou a Starck seus showrooms em Londres e Nova York e, em 2002, Philippe Stark projetou a boutique Gaultier, em Paris.

Design

"Cada objeto, cada forma, cada estilo deve ter um significado e é esse significado que nos influencia a cada dia." Philippe Starck




Como designer, Philippe Starck repensa os objetos mais comuns de nosso dia a dia e os reinventa. Ele se rebela contra a "conformidade adquirida" e faz o novo, de novo. 

Seu design se concentra no objetivo de se ter a melhor função possível, utilizando-se o mínimo de material. 

É a partir deste pensamento que vem a elegância de uma linha mínima e curvas que caminham quase para o desaparecimento dos objetos. Starck nos manda uma mensagem de pura beleza em cada objeto por ele criado.



Com a cadeira Masters da Kartell, Starck homenageia três ícones do design contemporâneo fazendo uma fusão de estilos. Uma reinterpretação, unindo a Série sete de Arne Jacobsen, a Tulip Armchair de Eero Saarinen e a Eiffel Chair de Charles Eames em linhas que se entrelaçam em uma única forma sinuosa e cativante.


Um pouco mais do estilo Starck de pensar!



















Michelangelo: a obra já estava na pedra, ele apenas retirava o excesso e deixava a forma fluir.Sua ideia era libertar a forma que parecia estar dormindo no mármore.

Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2012/07/a_explosao_no_marmore_os_dialogos_ente_rodin_e_michelangelo.html#ixzz2ConzJgKB
Michelangelo: a obra já estava na pedra, ele apenas retirava o excesso e deixava a forma fluir.Sua ideia era libertar a forma que parecia estar dormindo no mármore.

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Michelangelo: a obra já estava na pedra, ele apenas retirava o excesso e deixava a forma fluir.Sua ideia era libertar a forma que parecia estar dormindo no mármore.

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Em 2012, Starck desenvolveu a Pibal, um híbrido entre  bicicleta e scooter, em colaboração com a marca francesa Peugeot, para a cidade de Bordeaux, voltada para um programa de compartilhamento de bicicletas, com o objetivo de  estimular a escolha deste modo de transporte dentro da cidade. 

Mais um ponto marcado por Starck :)


Página oficial do designer: http://www.starck.com/

sábado, 13 de outubro de 2012

Design escandinavo



No post de hoje, uma matéria bastante interessante sobre designers escandinavos como Hans Wegner, Arne Jacobsen, Verner Panton, Eero Saarinen, Nanna Ditzel e Louise Campbell, que saiu publicada na página da Obvious. 

O design escandinavo tornou-se referência mundial de vanguarda combinando funcionalidade, conforto e simplicidade à beleza. 

O auge do design escandinavo aconteceu na década de 1950. Seu desenho simples, funcional, minimalista e barato fazia com que a produção em massa se torna-se bem sucedida, principalmente logo após a II Guerra Mundial.

Cadeira Tulipa, uma das criações mais 
famosas do designer Eero Saarinen


domingo, 7 de outubro de 2012

Escola de Glasgow






Assim como a Bauhaus, a Escola de Glasgow foi um importante centro de divulgação da arquitetura moderna no final do século XIX e início do século XX.

Em Glasgow desenvolveu-se um novo tipo de planeamento dos edifícios, que ao contrário da "Arte Nova", rejeitava a ornamentação, as volumetrias não racionais. A estrutura de ferro dava uma maior resistência, mas também permitia uma maior organização das plantas. A paredes são lisas, em pedra, e existem grandes superfícies de vidro.

Desta escola destaca-se Charles Rennie Mackintosh, arquiteto e designer escocês que deixou sua marca no modernismo por seu racionalismo geométrico e grande percepção das volumetrias.

A chamada Hill House, uma das vilas que construiu, foi conservada com uma boa parte dos móveis e objetos, sendo a principal referência do estilo Mackintosh.




Pensar que a Hill House foi construída entre 1902 e 1904, e que Mackintosh, além do projeto arquitetônico, também desenhou o interior do imóvel e seu mobiliário...

 

As cadeira desenhadas por Mackintosh para a Hill House 
são clássicos do design de móveis.

Bauhaus

Estou de volta agora para continuar o papo sobre arquitetura moderna. E não tem como falar em arquitetura moderna sem falar da Escola Bauhaus, uma das maiores e mais importantes expressões do Modernismo.  




A Staatliches-Bauhaus, mais conhecida simplesmente por Bauhaus, foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha. 


Foi fundada por Walter Gropius em 25 de abril de 1919, a partir da
união da Academia de Belas Artes com a Escola de Artes Aplicadas de Weimar, com a intenção de integrar arte e indústria e acabar com a distinção entre artesãos e artistas. 

Com o fim da 1ª Guerra Mundial, Gropius viu o começo de um novo período da história e  sentiu que um novo estilo arquitetônico deveria surgir, para refletir essa nova época. O seu estilo tanto na arquitetura quanto na criação de bens de consumo, buscava a funcionalidade, o custo reduzido e a orientação para a produção em massa, sem nunca limitar-se apenas a esses objetivos. 


Mas não se tratava apenas de um exercício puro do racionalismo funcional. A criação deveria realizar algo novo utilizando a tecnologia já adquirida pela humanidade.





A cadeira Wassily do designer Marcel Breuer (que se tornou professor da escola) fez parte da primeira geração de formandos. É um exemplo do design inovador proposto pela Bauhaus, tanto quanto ao material utilizado (tubos de aço e lona) quanto pelo desenho. 


A chaleira, um símbolo da Escola Bauhaus, de Marianne Brandt, uma das poucas mulheres que conseguiram produzir na Bauhaus. 
O seu talento em design de metais, criando cinzeiros, luminárias, jogos de chá e café, lhe deu o merecido reconhecimento de todos os mestres da Bauhaus.


Com a união da arte e do artesanato, Gropius queria criar produtos funcionais sem deixar de lhes dar os atributos artísticos. Foi o diretor da escola de 1919 a 1928, sendo sucedido por Hannes Meyer e Ludwig Mies van der Rohe.

Os nazistas opuseram-se à Bauhaus durante a década de 1920, bem como a qualquer outro grupo que não tivesse uma orientação política de direita. A escola foi considerada uma frente comunista, especialmente porque muitos artistas russos trabalhavam ou estudavam ali. Em 1933, após uma série de perseguições por parte do governo nazista, a Bauhaus é fechada.


Apesar da perseguição, a Bauhaus mudou de forma fundamental o desenvolvimento das artes e da arquitetura.

Fontes: 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bauhaus 
http://educacao.uol.com.br/artes/bauhaus.jhtm

sábado, 6 de outubro de 2012

O princípio

Muitas imagens e formas passaram diante de meus olhos durante a minha vida. Algumas delas eu esqueci, mas outras ficaram registradas na minha memória, como um sabor ou um cheiro de infância, que traz agradáveis recordações.

Novos registros estão sendo feitos a cada dia que passa e, utilizando a mesma referência, venho exercitando meu paladar e meu olfato com estas novas sensações.

São esses registros, do que passou, do que chega agora e do que vem vindo, que eu quero compartilhar com aqueles que se identificam com esta forma de ver o mundo. Não vou me aprofundar no assunto, nem pretendo escrever um tratado. Quero apenas mostrar as coisas que contribuiram para que eu fosse a pessoa que sou agora e as coisas que ainda podem me transformar.

Arquitetura, design e fotografia são minhas paixões. Não saberia viver sem nenhuma delas, pois todas refletem aquilo que penso e todas elas são formas de expressar aquilo que tenho dentro de mim. Através delas eu sonho e me exponho. Através delas eu me realizo e me comunico. Um pouco de mim está em tudo o que faço e são essas experiências que gostaria de trazer para os meus posts.

Começo falando de arquitetura moderna, trazendo duas fortes referências de arquitetura que influenciaram toda a minha forma de pensar arquitetura: a Casa Modernista, da Rua Itápolis (SP) e a Casa das Canoas, no Rio de Janeiro. A primeira, com linha retas, planos, paredes limpas, sem adornos; a segunda, plena de curvas, sinuosidade adaptada ao terreno irregular, pura, única. Duas formas de pensar o espaço, duas formas de levar beleza e emoção.

A Casa Modernista


A residência da Rua Itápolis, projetada pelo arquiteto Gregori Warchavchik, conhecida como a Casa modernista, fica no bairro do Pacaembu, em São Paulo, sendo considerada uma das primeiras manifestações da arquitetura moderna no Brasil.

Foi inaugurada em 26 de março de 1930 com uma grande exposição de arte moderna. 

No projeto, Warchavchik deixou de lado a forma tradicional de projetar, para obter espaços integrados e mais amplos, resolvendo os problemas de economia e funcionalidade sem deixar a preocupação com estética de fora. 

Uma casa pensada para ter grandes janelas, aproveitando a iluminação natural, evitando-se ao máximo espaços de circulação para ganhar áreas para os cômodos. "Esta arquitetura será a mais regional possível, porque a sua primeira e principal exigência será a de adaptar-se à região, ao clima, aos costumes do povo", disse Warchavchik à época. Uma casa pensada para produção em grande esclala, obetendo-se com isso preços mínimos para atender às classes mais pobres.


A Casa das Canoas

A Casa das Canoas ou, como também é conhecida, a Casa da Pedra, é outra exemplo de arquitetura moderna.  Foi projetada em 1951 e construída em 1953 para ser moradia do próprio arquiteto, Oscar Niemeyer. A ideia era que a casa interferisse o menos possível na paisagem. Como o próprio Niemeyer disse: "Minha preocupação foi projetar essa residência com inteira liberdade, adaptando-a aos desníveis do terreno, sem o modificar, fazendo-a em curvas, de forma a permitir que a vegetação nelas penetrasse, sem a separação ostensiva da linha reta."


Quando Niemeyer completou 100 anos, em 2007, o Iphan decidiu pelo tombamento de 35 de suas obras, entre elas a Casa das Canoas. 

Estas duas construções, tão diferentes em sua concepção, foram marcantes na minha vida de estudante e com certeza influenciaram o meu modo de pensar em um projeto, de desenhar um móvel, de fotografar em determinado ângulo

Em como construir atendendo às necessidades de uso sem deixar de buscar a estética, o respeito aos recursos naturais que estejam à disposição, o compromisso com o uso e com o belo. Mudou a minha maneira de enxergar as formas e de como registrá-las. Na mente, em rabiscos no guadarnapo ou no papel fotográfico.

Por fim, compartilho ainda outras palavras de Niemeyer: “Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura e inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual - a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, no corpo da mulher amada".

É isso :)