Cores e formas nos convidam a parar um pouco enquanto passamos pelas calçadas, indo e vindo, quase sempre apressados, para um momento de puro deleite. Apenas você e a sua observação.
Além do aspecto simplesmente artístico - e óbvio -, o grafite vai além, enviando sempre uma mensagem para quem o observa, para quem passa todos os dias pela mesma rua, muitas vezes sem se dar conta dos problemas da cidade.
Do poeta Gentileza aos gêmeos, em São Paulo, ou do artista Fábio Guimarães da Silva, o Ema (considerado pioneiro nessa arte no Rio), a Tomaz Viana, o Toz, no Rio de Janeiro, o grafite vem despertando um interesse tão grande que não tem mais volta: é a arte das ruas entrando em nossas vidas. Proprietários de muros por todas as cidades, chamam os artistas grafiteiros para deixarem seu registro, transformando aquilo que oprime e separa, em arte que ensina e emociona.
É a arte falando mais uma vez sobre a dor, o preconceito, a beleza da cidade, a boemia carioca, os artistas, a política e sobre tudo mais que venha à mente do artista, cujos pensamentos transpiram através de seus pincéis e suas latinhas de tinta spray. Barulhinho único do balanço das idéias.
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